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Monica Weber

Integrante da Osesp desde: 1994. Obra favorita: Missa de Réquiem, de Giuseppe Verdi.

Natural de São Caetano do Sul, em São Paulo, a contralto Monica Weber iniciou seus estudos musicais na Fundação das Artes de São Caetano do Sul em 1994. Graduou-se em música com habilitação em violino pelo Centro Universitário FIAM-FAAM e, como violinista e violista, participou da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, da Orquestra Sinfônica de Santo André (OSSA) e da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG). Como cantora, fez aulas com Kátia Guedes, com Leila Farah, grande contralto e celebrada pedagoga, com o professor de canto Carmo Barbosa, com o tenor Luiz Tenaglia, com o regente Marcos Thadeu e com Isabel Maresca, responsável pela formação de toda uma geração de cantores líricos brasileiros.

Paralelamente à sua educação formal, frequentou, em 1987 e 1988, as classes de canto de Niza Tank, celebrada soprano coloratura brasileira e grande divulgadora da obra de Carlos Gomes, e do barítono Francisco Frias, no 7º e no 8º Festival de Música de Londrina. Também participou dos cursos de canto da Oficina de Música de Curitiba, em 1988 e em 1989, nas turmas da célebre soprano brasileira Neyde Thomas e da cantora e professora de técnica vocal Lucia Passos. Mais recentemente, cantou nas masterclasses da notável contralto e regente francesa Nathalie Stutzmann e da mezzo soprano alemã Ingeborg Danz, aluna da lendária soprano Elisabeth Schwarzkopf.

No universo da música coral, foi monitora tanto do Coral quanto do Madrigal Uirapuru da Fundação das Artes, bem como do Coro da Cidade de Santo André. Em 1998, participou da gravação do CD Música na Catedral de São Paulo Vol. 1: Obras do Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo (Paulus, 1999), junto ao Brasilessentia Grupo Vocal e à Orquestra de Câmara da UNESP, sob a regência de Vítor Gabriel. Também em 1999, apresentou-se em Roma e Napoli.

Desempenhou papéis de destaque solando o Oratório de Páscoa BWV 249, de J. S. Bach, junto ao Canto Coral Exultat, a Missa da Coroação K. 317, de W. A. Mozart, com a Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina, e o Magnificat Aleluia, de Heitor Villa-Lobos, com a Orquestra de Câmara da Escola Musical Henrique Oswald, em Santos. Atuou como solista nas temporadas de 2005 e de 2006 das Vesperais Líricas do Theatro Municipal de São Paulo, cantando o Oratório de Natal BWV 248, de Bach, e, junto à Orquestra Barroco na Bahia, interpretou o Réquiem em Ré Menor K. 626, de Mozart, em 2008. Com o Coro da Osesp, solou nas apresentações das Cantata BWV 12, 93 e 177, de Bach, da Missa de Santa Cecília, de Alessandro Scarlatti, da Petite Messe Solenelle, de Gioachino Rossini, e da Missa em Sol Menor, de Vaughan Williams.

De todos esses anos junto ao grupo, lembra-se vividamente do concerto de inauguração da Sala São Paulo, em 9 de julho 1999, quando, sob a batuta de John Neschling, foi apresentada a Sinfonia nº 2 — Ressurreição, de Gustav Mahler. Também recorda com emoção do concerto de comemoração de 20 anos da Sala, quando, sob a regência de Thierry Fischer, fizeram a Sinfonia n° 5 em Dó Menor Op. 67, de L. V. Beethoven e mais uma seleção de obras escolhidas pelo público.

Amante e defensora de animais, todos os anos, nos Festivais de Inverno e de Verão de Campos do Jordão, Mônica busca resgatar ou facilitar o resgate dos cachorros de rua da cidade. No passado, adotou uma cachorrinha que hoje vive feliz em um sítio do interior e, em janeiro de 2023, conseguiu, após um trabalho de equipe, trazer para sua casa em São Paulo um cachorro mais idoso que perambulava perdido no Auditório Cláudio Santoro, animalzinho que, numa homenagem ao compositor, foi batizado Cláudio Santoro.