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Raquel Gaboardi

Integrante da Osesp desde: 2002. Obra favorita: o Stabat Mater P. 77, de G. B. Pergolesi, e a Paixão Segundo São Mateus BWV 244, de J. S. Bach.

Natural do Rio de Janeiro, a mezzo soprano Raquel Gaboardi iniciou seus estudos de piano aos seis anos de idade. Aos 11, conquistou o primeiro lugar no Concurso para o Curso Técnico da Escola Nacional de Música. Licenciada em música pelo Conservatório Brasileiro de Música (CBM), é bacharela em piano pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde foi orientada por Lúcia Dantas. Na UFRJ, formou-se também em canto e deu aula de percepção musical para alunos do bacharelado e do curso técnico em música e de licenciatura em artes.

Fez aulas de canto e técnica vocal com Edilson Costa, Jocelyne Gallo e Maurício Martinazzo. Também estudou com o tenor ítalo-brasileiro Antonio Lotti, o cantor e fonoaudiólogo Juvenal de Moura, o regente do Coro Acadêmico da Osesp, Marcos Thadeu, a grande professora de canto e uma das fundadora da Escola de Música da Universidade Federal do Pará (UFPA), Marina Monarcha, e Inácio De Nonno, cantor e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e membro da Academia Brasileira de Música. Atualmente, faz aulas de aperfeiçoamento vocal com Lenine Santos, especialista em canção brasileira.

Cursou regência coral e orquestral na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), participou da masterclass de regência coral do sueco Ragnar Bohlin e fez aulas de regência orquestral com Cláudio Cruz, o que lhe permitiu reger a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo em obras como 1° movimento das Danças Sinfônicas Op. 45, de Sergei Rachmaninov, o 1° movimento da Sinfonia nº 3 em Mi Bemol Maior Op. 55, de L. V. Beethoven, e o 1°, o 2° e o 4° movimentos da Suíte nº 2 de Romeu e Julieta Op. 64ter, de Sergei Prokofiev.

Como solista, cantou o Réquiem em Ré Menor K. 626, de W. A. Mozart, o Glória RV 589, de Antonio Vivaldi, o Stabat Mater P. 77, de G. B. Pergolesi, e Oratório de Natal Op. 12, de Camille Saint-Saëns. Foi solista convidada do Festival Música nas Montanhas, em Poços de Caldas, Minas Gerais, onde integrou o elenco da ópera Carmen, de Georges Bizet. Com a Osesp, solou a obra Ó, de Felipe Lara, em sua estreia mundial.

Com ampla experiência como pianista acompanhadora, atuou nessa função junto ao Teatro de Ópera do Rio de Janeiro (TORJ), ao Coro da Casa de Espanha, ao Coro Sinfônico da Universidade Moacyr Sreder Bastos, ao Coro da Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ao coral do Banco Finasa e ao Coro do SESC_SENAC. Foi pianista também do Coro de Ópera da Escola de Música Villa-Lobos, instituição de ensino da qual foi professora de piano, teoria e percepção musical.

Preocupada com questões sociais e educacionais, implementou, em 2014, um projeto centrado na relação entre canto coral e qualidade de vida, junto à Associação Saúde da Família (ASF). Foi integrante do Projeto Música na Escola, uma parceria entre o CBM e a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, e participou do evento Fazendo Música na Osesp, voltado a crianças de escolas municipais e estaduais da cidade. Em 2016 concebeu e, desde então, tem realizado um trabalho inclusivo de prática musical envolvendo cantores e pessoas com deficiência auditiva, o Projeto Canção Brasileira, no qual atua como diretora musical, regente e preparadora.

Concluiu sua pós-graduação em pedagogia vocal pela Faculdade Novo Horizonte (FNH) e fez pós-graduação em musicoterapia no Centro Universitário FIAM-FAAM, especializando-se em musicoterapia para pacientes com Alzheimer, coma e autismo no Centro de Musicoterapia Benenzon Brasil (CMBB). Como professora de canto, tem desenvolvido trabalho de formação musical pago e gratuito pelo Instagram e pelo YouTube, oferecendo os cursos Escola de Cantores: Guia do Cantor Inteligente, Musicados Online e Teoria Musical do Zero. Em 2024, lança seu primeiro livro de solfejo.

Dos muitos momentos com o Coro da Osesp, lembra-se de modo especial da apresentação da cantata profana Carmina Burana, de Carl Orff, na abertura da temporada de 2024. A relação com a obra é profunda, pois trata-se da primeira grande peça que cantou na vida, quando ainda cursava piano na UFRJ. Também marcante foi seu primeiro concerto junto ao Coro, quando interpretaram Le Roi David, de Arthur Honegger. Deslumbrada e comovida, passou todo o concerto com lágrimas nos olhos.

No passado, fez parte de um grupo de bossa nova que se chamava Mania de Bossa, com o qual se apresentou na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Também já compôs um blues que inscreveu em um concurso de rock das pastilhas Valda, no Morro da Urca, no Rio de Janeiro. Adora costura e moda e, quando era assídua frequentadora de academia, chegou a considerar participar de um concurso de wellness para mulheres que buscam a hipertrofia muscular.