Integrante da Osesp desde: 23 de setembro de 1999.
Obra favorita: Sinfonia nº 5 em Dó Sustenido Menor, de Gustav Mahler, que tocou várias vezes com a Osesp.
Natural de Osasco, São Paulo, o violinista César Augusto Miranda iniciou seus estudos musicais aos 12 anos de idade, sob orientação de Cecilia Guida, no Conservatório Musical Villa-Lobos, da Fundação Instituto Tecnológico de Osasco. Posteriormente, fez aulas particulares com os violinistas Cláudio Cruz e Ayrton Pinto.
Entrou para a Orquestra Sinfônica de Sorocaba e para a Orquestra Sinfônica de Santo André (OSSA) em 1990. Em 1996, ingressou na Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, onde ficou até 1999, quanto transferiu-se para a Osesp. Entre 2000 e 2008, foi membro da Orquestra de Câmara Engenho Barroco e, em 2012, assumiu como spalla da Orquestra Bachiana Filarmônica SESI-SP, cargo que ainda ocupa.
Solou o Concerto para Violino, Cordas e Contínuo em Si Bemol Maior, de G. B. Pergolesi, com a Orquestra de Câmara da ECA-USP (OCAM), o Concerto para Violino e Orquestra em Ré Maior Op. 35, de Erich Korngold, e o Romance para Violino e Orquestra nº 2 em Fá Maior Op. 50, de L. V. Beethoven, com a Orquestra Sinfônica de Santo André (OSSA). Junto à Orquestra Bachiana Filarmônica SESI-SP, interpretou o Concerto para Dois Violinis em Ré Menor BWV 1043, de J. S. Bach, ao lado de Emmanuelle Baldini, e a Sinfonia Concertante para Violino, Viola e Orquestra em Mi Bemol Maior K. 364, de W. A. Mozart, ao lado de Ederson Fernandes. Em maio de 2022, apresentou a Paganiniana, de Nathan Milstein, como parte de uma série de recitais de violino solo na Sala São Paulo e, em novembro do mesmo ano, executou a Sonata para Violino Solo em Mi Maior Op. 27, nº 6, de Eugène Ysaÿe, em outra série de recitais de violino solo da casa.
Participou da Oficina de Música de Curitiba de 1995 e do Festival Internacional de Música de Londrina de 1996. Também frequentou o Festival de Inverno de Campos do Jordão e o Festival de Artes de Itu. Nesses e em outros eventos, fez aulas e masterclasses com os grandes violinistas e pedagogos brasileiros Ayrton Pinto e Paulo Bosísio, com Erick Friedman, concertista estado-unidense e ex-aluno de Jascha Heifetz, com Evgenia Maria Popova, violinista búlgara e discípula de Leonid Kogan, com o violinista francês Guillaume Sutre, com Jerrold Rubenstein, spalla da Orquestra Nacional da Bélgica e ex-aluno de Arthur Grumiaux, com o violinista francês Régis Pasquier e com Sidney Harth, que foi aluno de George Enescu e concertino das mais importantes orquestras estado-unidenses.
Dos inúmeros momentos marcantes com a Osesp, lembra-se especialmente dos dois concertos no histórico Carnegie Hall, em Nova York, em 14 e 15 de outubro de 2022, quando, sob a regência de Marin Alsop, apresentaram um repertório variado e o espetáculo Floresta Villa-Lobos, que combina 75 minutos ininterruptos de música com a projeção de um vídeo imersivo retratando as riquezas da flora e da fauna brasileiras. Recorda ainda com emoção a apresentação da Sinfonia nº 6 em Lá Menor, de Gustav Mahler, em concerto no Teatro Colón, em Buenos Aires, na turnê da Osesp, sob regência de John Neschling, pela Argentina e Peru, em 2000. E rememora com carinho tanto a gravação do CD Richard Strauss: Eine Alpensinfonie Op. 64 (BIS, 2012), da Osesp sob a regência do inglês Frank Shipway quanto a turnê da Osesp, sob regência de Marin Alsop, pela China, em fevereiro de 2019, quando se apresentaram em Xangai, Jinan, Pequim e Hong Kong naquela que representou a primeira incursão de uma orquestra profissional brasileira no país.
Audiófilo, César tem enorme interesse em aparelhos de som de alta fidelidade e nas questões técnicas de construção dos instrumentos, seara que tem explorado nos estudos de luteria que faz nas horas vagas.