Em 2005, John Adams estreou sua ópera “Doctor Atomic”, um retrato do projeto de construção da primeira bomba nuclear durante a Segunda Guerra Mundial e seu principal personagem, o físico J. Robert Oppenheimer. Dois anos depois, ele colocou no mundo a Sinfonia de mesmo nome, com um trecho emprestado da primeira composição, um belo solo de trompete que simboliza o momento do cientista em frente à bomba, segundos antes dela explodir. Quem nos conta essa história é o regente David Robertson no Falando de Música. “A orquestra nos dá a impressão de que as coisas podem ficar críticas e de que, a qualquer momento, nós teremos uma grande explosão”, comenta o maestro sobre a peça. O vídeo conta também com comentários sobre “A Ilha dos Mortos” de Rachmaninov, e sobre o “Concerto para Piano” de Tippett, um dos favoritos do solista convidado Steven Osborne.