Integrante da Osesp desde: junho de 1999.
Natural de São Paulo, o percussionista e timpanista Ricardo Bologna é bacharel em música pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), onde estudou com John Boudler e Carlos Stasi. No Conservatório Superior de Música de Genebra (CSMG), realizou o mestrado em música sob orientação de William Blank e Yves Brustaux. No Conservatório de Roterdã, na Holanda, obteve seu Artist Diploma em marimba, sob a supervisão de Robert van Sice. Sob orientação de Fernando Augusto de Almeida Hashimoto, concluiu, em 2018, o doutorado em música pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com uma pesquisa sobre a obra para percussão solo Janissary Music, de Charles Wuorinen.
Detentor de inúmeras premiações, recebeu na Suíça o prêmio de virtuosidade com distinção do Conservatório Superior de Música de Genebra (CSMG), em 1995, ano em que também lhe foi conferido o prêmio da Associação dos Ex-Alunos e Amigos do Conservatório de Genebra. Como regente, conquistou o 1º lugar do 2º Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Solistas e Regentes de 2002.
De 2008 a 2011, foi regente titular da Orquestra Sinfônica Jovem Municipal de São Paulo e, de 2012 a 2014, foi regente principal da Orquestra Sinfônica da USP (OSUSP), junto à qual lançou os álbuns Álvares / de Falla / Sibelius / Stravinsky (Independente, 2012), Vaughan Williams / Aaron Copland (Independente, 2013), Guarnieri / Newton Carneiro (Independente, 2013), Camargo Guarnieri: Seresta, Choro e Homenagem a Fructuoso Vianna (Independente, 2015). Dirigiu ainda algumas das principais orquestras brasileiras, como a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, a Orquestra Sinfônica do Paraná e a Osesp.
Como percussionista, integrou, na Suíça, a Orquestra do Conservatório de Genebra, a Orquestra da Suíça Romanda (OSR) e o Contrechamps, conjunto genebrino especializado na criação, desenvolvimento e difusão da música instrumental dos séculos XX e XXI. No Brasil, foi membro da Orquestra Experimental de Repertório (OER) e da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, com a qual solou o Concerto nº 1 para Marimba e Orquestra de Cordas, de Ney Rosauro. Como solista, interpretou ainda o Concerto para Marimba e Orquestra, de Jorge Sarmientos, e o Concerto para Marimba e Orquestra de Câmara, de Richard Rodney Bennett, com a OSUSP, e o Divertimento para Marimba e Orquestra de Cordas, de Radamés Gnattali, com a OSBA e com a Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA).
É professor de percussão e regência do Departamento de Música da Universidade de São Paulo (USP). Em 2002, fundou o Percorso Ensemble, grupo que dirige e que se dedica à interpretação do repertório de concerto do século XX e XXI. O conjunto lançou os álbuns Berio+ (Selo SESC SP, 2007), Música Plural(Independente, 2008), com a obra de jovens compositores, e Ligeti+ (Selo SESC SP, 2013). Em parceria com a São Paulo Companhia de Dança (SPCD), o Percorso Ensemble estreou, em 2014, o espetáculo The Seasons, com coreografia do marroquino-canadense Édouard Lock e música de Gavin Bryars. No ano seguinte, participou da temporada 2015 de música contemporânea do Theatro Municipal de São Paulo e, em 2017, conquistou o Grande Prêmio Concerto, promovido pela Revista Concerto, na categoria votação do público.
Em 1989, fundou, com o percussionista Eduardo Leandro, o Duo Contexto, grupo que conquistou o 2º lugar no Prêmio Eldorado de Música de 1991 e o 1º lugar no Internationaler Musikwettbewerb für junge Kultur, em Düsseldorf, na Alemanha, em 1996. Grupo residente do Centro Internacional de Percussão de Genebra (CIP), atual Eklekto Geneva Percussion Center, em 1993, o duo realizou concertos e turnês pela Europa, Estados Unidos e Japão. Lançaram dois CDs, o álbum Duo Contexo (Selo SESC SP, 2009) e o álbum Musik für Flöte & Schlagzeug (Musiques Suisses, 2010), em colaboração com a flautista Verena Bosshart.
Ricardo dirigiu a primeira audição brasileira (depois de 61 anos) da obra Le Marteau sans Maître, de Pierre Boulez, na Sala São Paulo, evento que integrou a programação do Festival de Inverno de Campos do Jordão de 2016. Com a Osesp, participou de inúmeras gravações, tendo papel de destaque na gravação do Concertino para Percussão e Orquestra de Nelson Ayres, incluído no álbum Francis Hime / Nelson Ayres (Biscoito Fino, 2010).
Gosta muito de nadar.
