Integrante da Osesp desde: 1973. Obra favorita: dentre suas inúmeras favoritas, de vários compositores, destaca-se A Sagração da Primavera, de Igor Stravinsky.
Natural de São Paulo, a timpanista Elizabeth Del Grande formou-se em percussão pela Escola Municipal de Música de São Paulo (EMMSP), e bacharelou-se em música pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) em 1987. Seus principais professores foram Ernesto De Lucca (na EMMSP), Arnaldo Calusio (na Academia da Orquestra Filarmônica de São Paulo) e Charles Smith (no Festival de Tanglewood).
Recebeu três prêmios concedidos pela Ordem dos Músicos do Brasil, o prêmio de Melhor Grupo Instrumental com Grupo Percussão Agora da Associação Paulista de Críticos (APCA) e prêmios da Osesp, como o reconhecimento como Chefe de Naipe Emérita e homenagens em 2013 e 2023 pelos 40 e 50 anos de Orquestra, respectivamente. Desde 1970, atua profissionalmente em orquestras sinfônicas e grupos de câmara, e como solista. Além da Osesp, integrou a Orquestra Sinfônica Jovem Municipal, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e a Orquestra Filarmônica de São Paulo. Também participou de diversos grupos, como o Grupo de Percussão da Escola Municipal de Música de São Paulo (EMMSP), o Grupo de Percussão do Conservatório Musical Brooklin Paulista (GPCMBP), o Grupo de Percussão do Theatro Municipal, o Grupo PIAP - Grupo de Percussão do Instituto de Artes da UNESP e o Grupo Percussão Agora. Como solista, apresentou-se à frente da Orquestra Filarmônica de São Caetano do Sul solando o Concerto para Percussão e Orquestra, de Darius Milhaud, da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, da Orquestra Sinfônica da USP (OSUSP). Com a Osesp solou recentemente A Hora das Coisas, de Paulo C. Chagas, obra encomendada em sua homenagem para celebração de seu quinquagésimo aniversário com a Orquestra.
Participou de inúmeras gravações com a Osesp, com destaque para o papel solista, sob regência de John Neschling, no Concertino para Percussão e Orquestra de Nelson Ayres, incluído no álbum Francis Hime / Nelson Ayres (Biscoito Fino, 2010). Em 2013, foi a solista na estreia da obra A Lua do Meio-Dia, de Eduardo Guimarães Álvares, uma encomenda da Osesp em sua homenagem. Gravou ainda os Três Estudos para Percussão, de Osvaldo Lacerda, para o CD Osvaldo Lacerda: Música de Câmara(Regia Música, 1999), e participou do CD Villa-Lobos em Paris (Philharmonia Brasileira, 2005), que, sob a direção musical e regência de Gil Jardim, recriou o famoso concerto inteiramente dedicado ao compositor brasileiro que ocorreu em Paris em 30 de maio de 1924. Colaborou com a Orquestra Sinfônica da USP (OSUSP), no CD Camargo Guarnieri: Seresta, Choro e Homenagem a Fructuoso Vianna (Independente, 2015), e participou ainda dos CDs Bach: Orchestral Suites 1-4 (Green Tomato, 2005), da Bachiana Chamber Orchestra, regida por João Carlos Martins, e Wolfgang Amadeus Mozart (Eldorado), da Orquestra de Câmara Solistas do Brasil.
Frequentou o histórico Festival de Música de Tanglewood, nos Estados Unidos, em 1977, e o Festival de Inverno de Campos do Jordão. Hoje, exerce intensa atividade docente, ministrando aulas de percussão na Faculdade Cantareira, na Academia de Música da Osesp e na Escola Municipal de Música de São Paulo (EMMSP), de cujo grupo de percussão é coordenadora e regente. Na Orquestra Parassinfônica de São Paulo (OPESP), supervisiona o naipe de percussão e, frequentemente, é convidada a dar aulas e se apresentar em festivais de música e encontros de percussão no Brasil.
Dos incontáveis momentos marcantes com a Osesp, lembra-se com grande emoção do concerto de inauguração da Sala São Paulo, em 9 de julho 1999, quando, sob regência de John Neschling, interpretaram a Sinfonia nº 2 — Ressurreição, de Gustav Mahler.
Adora nadar e jogar tênis.