Integrante da Osesp desde: fevereiro 2011. Obra favorita: toda a obra de Beethoven, Brahms, Mahler, Strauss e, também, música contemporânea.
Natural de Santiago do Chile, o percussionista Rubén Zúñiga iniciou seus estudos musicais aos cinco anos de idade. Aos 10, passou a tocar bateria e, aos 14, começou seus estudos formais de percussão erudita na Escola de Artes e Música de Ovalle. Formou-se em percussão pela Faculdade de Artes da Universidade do Chile, onde foi orientado por Rodrigo Kanamori e Patricio Hernández. Entre 2017 e 2018, estudou na Escola Superior de Música e Teatro de Munique (HMTM), na Alemanha, onde frequentou as classes de Alexej Gerassimez, Raymond Curfs e Claudio Estay. Durante esse período, fez diversas aulas, com importantes percussionistas, como Tom Greenleaves, timpanista solista da Orquestra do Gewandhaus de Leipzig, Wieland Welzel, timpanista da Filarmônica de Berlim, Ernst-Wilhelm Hilgers, timpanista da Ópera do Estado da Baviera, Simone Rubino, vencedor do Concurso Internacional de Música da ARD de 2014, e a percussionista experimental Robyn Schulkowsky. Nos Estados Unidos, participou dos seminários de percussão de Alan Abel, na Universidade Temple, e estudou com Tom Freer, na Universidade do Estado de Cleveland. Naquele país, tocou para Christopher Lamb e Markus Rhoten, músicos solistas da Orquestra Filarmônica de Nova York, e para o percussionista de jazz David Friedman. Em 2023, doutorou-se pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), ao defender a tese Desenvolvimento de Estudos Técnicos e Musicais para Instrumentos da Percussão Sinfônica: Bumbo, Pratos, Triângulo, Pandeiro e Castanholas, orientada por Eduardo Flores Gianesella.
Conquistou o 1º lugar no Concurso Jovens Talentos da Orquestra Sinfônica da Universidade de Concepción, no Chile, em 2008, e o 2º lugar na Internacional Mock Audition da Percussive Arts Society International Convention (PASIC) de 2009, em Indianapolis, nos Estados Unidos, certame do qual foi jurado em 2013. Antes de ingressar na Osesp, foi timpanista da Orquestra Sinfônica Juvenil e Infantil de Rancagua, além de timpanista e percussionista da Orquestra Sinfônica Nacional Juvenil (OSNJ) do Chile e da Orquestra Sinfônica da Universidade de Concepción. De 2009 a 2010, foi chefe de naipe da percussão da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Como músico convidado, apresentou-se com a Orquestra do Estado Bávaro, com a Orquestra Sinfônica da Rádio Bávara e com a Orquestra de Câmara Filarmônica Alemã de Bremen.
Sua expressiva atuação como solista abrange as interpretações de Re(new)al: Concerto para Quarteto de Percussão, de Viet Cuong, com a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), do Concerto para Vibrafone e Orquestra, de Emmanuel Séjourné, com a Orquestra Sinfônica Heliópolis, e do Concertino para Xilofone e Orquestra, de Toshiro Mayuzumi, com a Orquestra Ouro Preto e com a Orquestra Sinfônica da Universidade de Concepción. Com a Orquestra Experimental de Repertório (OER), solou o Concerto para Dois Pianos e Percussão BB 121, de Béla Bartók, do qual também foi solista com a Osesp, sob a batuta de Markus Stenz e ao lado do colega Ricardo Bologna e dos consagrados pianistas Pierre-Laurent Aimard e Tamara Stefanovich, em agosto de 2018, seu momento mais marcante com a Osesp.
Participou de diversos festivais de música contemporânea na Argentina, no Brasil e no Chile. Foi músico convidado do Festival Internacional de Música Contemporânea de La Habana, em Cuba, em 2005, e se apresentou na Musica Viva, prestigiosa série de música contemporânea de Munique, na Alemanha. Em 2017, fez uma turnê pela Dinamarca ao lado do percussionista Ronni Kot Wenzell, durante a qual tocou e ministrou masterclasses na Academia Dinamarquesa Nacional de Música (SDMK), em Odense, na Academia Real de Música, em Aarhus, e no International Percussion Festival de Sonderborg. Com a Camerata Salzburg e a violinista Hilary Hahn, participou do Festival Internacional de Música Dvorák de Praga e, junto à Osesp, se apresentou em alguns dos mais importantes festivais de música do mundo, como o Rheingau Musik Festival, na Alemanha, o Festival de Lucerna, na Suíça, o BBC Proms, na Inglaterra, e o 47º Hong Kong Arts Festival (HKAF), na China.
Ativo camerista, é membro do Escualo Ensemble, com o qual gravou o álbum Novos Ares (Independente, 2017), e do Martelo Percussion Group, que lançou o single Correnteza (Independente, 2023). Com o Martelo, estreará, em 2024, Raízes, concerto para quarteto de percussão e orquestra, de Clarice Assad, à frente da Orquestra Filarmônica de Goiás, da Filarmônica de Minas Gerais, da OSB e da Orquestra Sinfônica do Paraná. Membro do Percorso Ensemble, Rubén lançou ainda o CD Construção (Independente, 2020), para percussão solo. Entusiasta da música popular latino-americana, participou de grupos como La Flor del Recuerdo, de bolero, Tríptico Caribe, de salsa, e do Grupo Confusión.
Há mais de seis anos é professor de percussão no Instituto Baccarelli, um dos mais relevantes projetos sociais de música do Brasil. Como professor convidado, ministrou masterclasses no Brasil, Europa e Estados Unidos, em instituições como o Conservatório de Boston, o Teatro Colón, a Universidade do Chile, a Universidade de La Serena, a Universidade Mayor, a USP, a UNESP, a Unicamp,a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Universidade Federal de Minas Gerais 9UFMG) e o Festival Internacional de Música do SESC, em Pelotas, Rio Grande do Sul.
Em 2016, desfilou na bateria da Império de Casa Verde, ano em que a escola foi campeã do carnaval de São Paulo. Nas horas vagas, gosta de tocar violão em casa e passar tempo com seu filho, Emilio.