Integrante da Osesp desde: abril de 1998.
Obra favorita: Paixão Segundo São Mateus, de J. S. Bach.
Natural de Londres, Inglaterra, o oboísta Peter Apps iniciou seus estudos musicais aos nove anos de idade. Quatro anos mais tarde, recebeu uma bolsa da King’s School, em Canterbury, a mais antiga e uma das mais tradicionais escolas públicas da Inglaterra. Ali, fez aulas com os grandes oboístas ingleses Nicholas Daniel e Gordon Hunt. Aos 15 anos, solou o Concerto para Oboé em Ré Maior RV 453, de Antonio Vivaldi, com a Orquestra de Câmara de Reims, na histórica catedral da cidade. Graduou-se pelo Trinity College Londres (TCL), na classe de Stephen Nagy, conquistando o 1º prêmio no Concurso da Academia do TCL para Músicos Instrumentistas. Nos Estados Unidos, fez o mestrado em música pela Universidade de Massachusetts Amherst (UMass), onde foi orientado por Frederic T. Cohen.
Vencedor do Insight Music Award e do Anna Instone Memorial Award, participou do projeto para jovens instrumentistas da Orquestra Sinfônica de Londres (LSO), integrou a Royal Northern Sinfonia e realizou turnê pela França junto à London Chamber Players. Tocou ainda na Itália e na Suíça, com a Orquestra de Câmara da Sessione Senese per la Musica e l’Arte (SSMA), e em Marlboro, nos Estados Unidos, com a New England Bach Festival Orchestra. No Brasil, participa do Percorso Ensemble, grupo voltado para o repertório de concerto do século XX e XXI, e da Orquestra Bachiana Filarmônica SESI-SP.
Como solista, apresentou-se à frente da Academy of Saint Martin in the Fields (ASMF), da London Aldermary Chamber Orchestra e da London Orchestra of St. Cecilia. Nos Estados Unidos, atuou como solista junto à Orquestra Sinfônica de Springfield e a Orchestra of St. Luke’s (OSL), de Nova York. Também solou com a Orquestra Sinfônica da USP (OSUSP). Com o flautista Marcelo Barboza, o fagotista Fábio Cury e o violonista Fábio Zanon, gravou o CD Tangos & Choros: Flute Music from Argentina and Brazil (Meridian, 2002).
Participou do Edinburgh International Festival, na Escócia, e do Chigiana International Festival and Summer Academy, na Itália. Nesses e em outros eventos, tocou nas masterclasses de Celia Nicklin, Han de Vries e Harold Smoliar, bem como na masterclass orquestral de Georg Solti. No Brasil, foi professor convidado no Curso Internacional de Verão de Brasília (CIVEBRA), na Oficina de Música de Curitiba e no Gramado in Concert — Festival Internacional de Música. Também foi professor do Instituto Baccarelli, um dos mais relevantes projetos sociais de música do Brasil, e da Escola Municipal de Música de São Paulo (EMMSP).
Das muitas memórias com a Osesp, lembra-se vivamente de quando tocaram a Sinfonia nº 11 em Sol Menor Op. 103 — O Ano de 1905, de Dmitri Shostakovich, sob a regência de Vasily Petrenko, em outubro de 2011.
Além do oboé, Peter toca shakuhachi, uma flauta japonesa. Adora jogar tênis e, sempre que pode, se dedica a cuidar do sítio ecológico que mantém em Mato Grosso. Também tem o sonho de montar um ciclo de cantatas de Bach em São Paulo.