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SEG A SEX – DAS 9h ÀS 18h
22
jun 2017
quinta-feira 10h00 Ensaio Aberto
Ensaio Aberto: Thomson e Burgani


Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
Neil Thomson regente
Sérgio Burgani clarinete


Programação
Sujeita a
Alterações
Edward ELGAR
Sospiri, Op.70
Gerald FINZI
Concerto para Clarinete, Op.31
M. Camargo GUARNIERI
Abertura Concertante
Francisco MIGNONE
Festa das Igrejas

 

Durante o Ensaio podem acontecer pausas, repetições de trechos

e alterações na ordem das obras de acordo com a orientação do regente. 

INGRESSOS
  R$ 10,00
  QUINTA-FEIRA 22/JUN/2017 10h00
Sala São Paulo
São Paulo-SP - Brasil
Notas de Programa

ELGAR

Sospiri, Op.70


Edward Elgar foi o primeiro compositor inglês, desde Henry Purcell (1659-1695), a alcançar uma reputação internacional, a partir de 1899, com suas Variações Enigma.


Sospiri foi composta quinze anos depois desse ponto de virada e pertence a um período em que sua dicção particular já se mostrava definitivamente consolidada. Trata-se de um breve e intenso adágio escrito para cordas (principalmente), harpa e órgão. Tanto a tonalidade escolhida, Ré Menor — comum às músicas fúnebres e missas de réquiem —, quanto a angulosa melodia dos violinos parecem evocar, desde o começo, uma atmosfera de lamento, como se prenunciassem a triste e inevitável jornada que se configurava em meio aos acontecimentos iniciais da Primeira Guerra Mundial.


A peça, de cerca de cinco minutos de duração, foi estreada no Queen’s Hall por Sir Henry Wood, em 15 de agosto de 1914. (1)

 

1. Sospiri é contemporânea da Berceuse Héroïque, de Debussy, também de 1914, que foi apresentada em maio último pela Osesp com a regência de Valentina Peleggi.

 

 

FINZI

Concerto Para Clarinete, Op.31


Como muitos outros compositores ingleses — Elgar inclusive —, Gerald Finzi trilhou seu próprio caminho ao longo da primeira metade do século passado. Há algo de recolhimento em suas composições, traço que neste caso coincide com sua personalidade introvertida e seu apego à vida isolada no campo. Mas foi provavelmente sua predileção por uma estética fundamentada na música dos séculos XVIII e XIX, e a ausência de diálogo com o emergente modernismo do século XX, que fez com que sua obra estivesse sempre à margem do centro das discussões musicais no Reino Unido.


Mesmo sendo possível notar em suas partituras gestos e escolhas que remetem a Elgar e Vaughan Williams (1872-1958), sua personalidade musical marcante se sobrepõe às influências, o que pode ser observado em sua extensa obra vocal.


Seu Concerto Para Clarinete (ao lado do Concerto Para Violoncelo de 1956) é uma de suas principais obras instrumentais. Estruturado em três movimentos, explora com desenvoltura a interação entre a escrita para o solista — com frases expressivas sustentadas em legato — e a escrita para a orquestra de cordas, sempre minuciosa e participativa. A estreia se deu em setembro de 1949, com Frederick Thurston ao clarinete e o próprio compositor à frente da Orquestra Sinfônica de Londres.

 

 

CAMARGO GUARNIERI

Abertura Concertante


Composta em uma fase em que sua música foi muito bem recebida nos Estados Unidos, a Abertura Concertante (1942) de Camargo Guarnieri é uma peça madura (e foi dedicada ao compositor norte-americano Aaron Copland). O característico nacionalismo de Guarnieri, evidente na produção da década de 1930, mostra-se aqui menos explícito, organicamente absorvido nas camadas mais profundas de sua verve criativa.


Como sempre acontece em sua obra, destacam-se a clareza da escrita e a solidez do artesanato, mais uma vez amparados por uma arquitetura composicional que prima pela forma em equilíbrio; em Guarnieri sempre há tempo suficiente para que as ideias se apresentem, afirmem-se, desenvolvam-se e sejam intencionalmente abandonadas mais à frente com o intuito de uma retomada em outro plano.


Rica em suas formulações rítmicas, a Abertura Concertante pode ser ouvida pela perspectiva do tímpano, que com suas intervenções solo conduz e encaminha com energia o fio narrativo da peça.

 

SERGIO MOLINA é compositor, Doutor em Música pela USP,
coordenador da Pós-Graduação em Canção Popular na FASM (SP)
e professor de Composição no ICG/UEPA de Belém.

 

 

MIGNONE

Festa das Igrejas


Alguns comentários do próprio Francisco Mignone acompanham a partitura de Festa das Igrejas e contribuem muitíssimo para o entendimento da obra:


“O autor, sem nenhuma preocupação descritiva, busca traduzir, pelos elementos da música, as comoções e ideias que lhe despertam os monumentos católicos e a religiosidade brasileira. Decorre de semelhante concepção o aspecto particular das evocações em que, sem o menor desrespeito, o religioso se mistura ao profano, o sacro se confunde com o entusiasmo exterior, a graça e o sentimento seresteiro se aliam ao candomblé supersticioso, numa fusão familiar e bem conhecida, já muito comentada pelos sociólogos e observadores da vida brasileira. [...]”


Festa das Igrejas foi pensada em quatro grandes “quadros” — não movimentos —, cada um ligado ao outro por um curto elemento de transição. Cada seção ecoa uma determinada situação, encarnada em um santo ou igreja. São eles:


“São Francisco da Bahia.” Aqui é ouvido o burburinho das gentes que estão no pátio da igreja. E esses ritmos profanos de fora misturam-se ao canto sacro que vem do interior;

 

“Rosário de Ouro Preto.” Agora são os negros escravos que se fazem presentes. Às lamúrias refletoras de sua condição miserável contrapõe-se o desespero extenuante e catártico de um episódio coreográfico;

 

“Outeirinho da Glória.” Momento sereno, de luar sobre a igrejinha da Glória, no Rio de Janeiro, no qual Mignone instila o máximo de sua habilidade como melodista em uma linha que rememora bem o ambiente seresteiro carioca da primeira metade do século XX;


“Aparecida (Nossa Senhora do Brasil).” Festa! Todos os fiéis são chamados a reverenciar a Padroeira. Sinos e órgão são ouvidos, além da orquestra em grandes e poderosos tutti.


A primeira execução de Festa das Igrejas teve lugar em São Paulo, sob a regência do compositor, em 1941, com extraordinário êxito de público e crítica.

 

ANTONIO RIBEIRO
 é compositor, assessor pedagógico

do Conservatório de Tatuí e coordenador artístico

da Escola Municipal de Música.


ENTREVISTA COM SERGIO BURGANI, MÚSICO HOMENAGEADO 2017

 

Em 2010, a Fundação Osesp inaugurou seu projeto de homenagens anuais a um músico, na condição de representante dos demais. Depois das homenagens a Cláudio Cruz, Arcádio Minczuk, Lev Veksler, Gilberto Siqueira, Elizabeth Del Grande, Mariana Valença, Ricardo Barbosa e Wagner Polistchuk, o homenageado da Osesp este ano é o clarinetista Sergio Burgani, que completa 30 anos de orquestra em 2017. Nos concertos dos dias 22, 23 e 24 de junho, Sergio será o solista no Concerto Para Clarinete, do compositor britânico Gerald Finzi. Na entrevista a seguir, ele relembra seus anos de formação, a experiência com o grupo Sujeito a Guincho e a carreira na Osesp.

 

PODE FALAR UM POUCO SOBRE SUAS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS COM MÚSICA?
Quando era criança, via minha mãe organizando uma pequena mala de meu irmão mais velho Célio, para viajar com a Banda Mirim de Rudge Ramos, de São Bernardo do Campo, da qual ele fazia parte como percussionista. Eu tinha sete anos e também queria viajar, por isso pedi aos meus pais que me inscrevessem na banda.


Queria tocar trompete, mas o maestro Francisco de Oliveira Sales disse que eu era muito pequeno e não conseguiria, então ele me deu um clarinete de treze chaves, totalmente obsoleto, num estojinho feio de dar dó. Fiquei meio chateado e fui para casa com aquele instrumento, mas aos poucos — com a ajuda de minha mãe, que ajeitava meus dedos nas chaves — fui pegando gosto por ele!


Esse maestro era bravo e muito severo, puxava nossa orelha quando errávamos o solfejo. Segui nesta banda até os quatorze anos, quando meu pai me pediu que começasse a trabalhar para ajudar em casa: éramos quatro irmãos, além do meu avô e da minha mãe. Então fiz o teste e fui aprovado na Banda Sinfônica de São Bernardo. Fui com meu pai assinar a carteira de trabalho para a banda, e ele ficou felicíssimo, porque o salário era muito bom.


A banda era financiada pela prefeitura de São Bernardo do Campo, e por ela passou gente muito boa: os clarinetistas Nailor Azevedo (Proveta) e Edmilson Nery, o trompetista Valmir Gil, o trombonista François, entre muitos outros grandes músicos. O maestro impunha uma rotina militar para a banda: usávamos coturno, boina e corte raspado; recebíamos punições rigorosas por pequenas coisas. Uma vez fui suspenso de uma apresentação por estar de meias azuis e não pretas, e ainda tive que limpar o banheiro!


E COMO DEU CONTINUIDADE AOS ESTUDOS EM MÚSICA?
Em 1974, aos quatorze anos, conheci Benedito Gomes de Moraes, o Ditinho, que me indicou a Escola Municipal de Música e o professor Rafael Galhardo Caro, clarinetista do Theatro Municipal de São Paulo. Foi a primeira vez que ouvi falar em um professor especializado em clarinete.


Eu, meu irmão e alguns amigos nos inscrevemos na Escola, que ainda era sediada no Cambuci. Logo me entusiasmei com a música clássica. Lá, conheci o Arcádio e o Roberto Minczuk, o Rogério Wolf e o Mauro Botelho, e formamos um quinteto de sopros, que seguiu por um tempo – o Quinteto Aulos.


E COMO FORAM SUAS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS TOCANDO EM ORQUESTRA?
A convite do meu amigo Ditinho, fui tocar na orquestra regida pelo pai de Sandor Molnar, contrabaixista e professor da Escola Municipal de Música. Era uma orquestra amadora, que tocava operetas e alguns arranjos de música popular, e se apresentava no Clube do Café, na Rua 13 de Maio.


Em 1975, incentivado pelo meu professor Rafael, pedi demissão da banda, para praticar clarinete na Orquestra Jovem Municipal, o que foi um problema para meus pais: afinal, largava um ótimo salário para ficar com uma bolsa de estudos que mal pagava minha condução.


Alguns anos depois, a Orquestra Sinfônica
do Theatro Municipal precisou renovar seus músicos e acolheu uma leva de estagiários da Escola Municipal. Os professores foram super importantes nesse processo: conversaram com o maestro Roberto Schnorrenberg e com Claudia Toni sobre a função da Escola, e eles abraçaram a ideia. Nesse grupo de jovens estagiários, que depois fariam concurso e ingressariam oficialmente na orquestra, estavam músicos que viriam a fazer parte da Osesp: Arcádio Minczuk, Rogério Wolf, José Ananias, Reginaldo Farias, Wagner Polistchuk e Cláudio Cruz.

 

E COMO DEU CONTINUIDADE À SUA FORMAÇÃO MUSICAL?
Imagine que, aos dezoito anos, eu era o segundo clarinete da Sinfônica Municipal. Mas era muito inexperiente: tinha muita técnica e leitura, mas nenhum fraseado e estilo. Nessa época, participei de duas edições do Festival de Campos do Jordão. Em contato com outros clarinetistas, ouvi falar de um professor em São Paulo: José Máximo Sanches, que foi um divisor de águas não só para mim, mas para a história do clarinete aqui em São Paulo. Muita gente passou por ele: o Edmilson e a Ligia Nery, o Nivaldo Orsi...


Logo na primeira aula, Máximo me disse que eu tinha talento, mas que precisava adquirir conhecimentos gerais, pois havia abandonado o ginásio e, além de ser tímido, ficava trancado em casa tocando clarinete. Ele me deu aula de francês e inglês, me indicou livros, e aos poucos fui me interessando por arte e cultura. Fiz supletivo e faculdade, e a experiência de tocar em orquestra começou a fazer muito mais sentido. Máximo também me estimulou — quase obrigou — a participar de concursos de clarinete. Em 1984 e 1985, ganhei o concurso da Funarte. Em 1986, fui um dos vencedores do Prêmio Sul América de Música, e um dos prêmios era tocar na embaixada brasileira em Washington, com o pianista Luiz Senise, que dava aula na UFRJ.


A partir de então, passamos a tocar juntos, e com ele aprendi muito sobre música de câmara. Graças a esses e a outros prêmios, tive a oportunidade de estudar com grandes clarinetistas na França e na Itália.

 

COMO FOI SUA ENTRADA NA OSESP, EM 1987?
Houve uma incompatibilidade entre uma agenda minha de recitais pelo Norte e Nordeste do Brasil e um concerto da Sinfônica Municipal. A orquestra não me liberou para esses recitais, e acabei pedindo demissão.


No começo dos anos 1980, quando era possível participar dos ensaios nas duas orquestras, eu já havia trabalhado por alguns meses como clarinetista convidado na Osesp. Sabendo que eu estava desempregado, o clarinetista Edmilson Nery conversou com o maestro Eleazar de Carvalho, que já me conhecia, e me chamou para fazer parte do naipe. No primeiro ensaio, sentei na segunda estante; o maestro chegou e nem olhou para mim: voltou-se para o Edmilson e falou: “Professor, este é o homem?”. Começou o ensaio – e eu estava contratado.


VOCÊ TAMBÉM ATUA COMO PROFESSOR?
Em 1988, fui chamado pelo clarinetista Maurício Loureiro, que tocava na Osesp, para substituí-lo como professor no Instituto de Artes da Unesp, pois ele foi fazer mestrado no exterior e previa voltar ao Brasil num ano e meio – mas acabou emendando com um doutorado na América do Norte. Com isso, em 1992, prestei concurso na Unesp e estou lá até hoje. Tenho orgulho de ter sido professor de muita gente que vem fazendo belas carreiras como clarinetistas. Vários colegas de naipe na Osesp foram meus alunos: o Ovanir Buosi e os irmãos Giuliano e Daniel Rosas, mas também o Luis Afonso Montanha e vários músicos que se espalharam por orquestras de todo o Brasil: Marcus Július Lander e Jonatas Bueno, primeiro e segundo clarinete da Filarmônica de Minas Gerais; Tiago Garcia e Eduardo Stéfano Napolitano, primeiro e segundo clarinete da Osusp; Rosa Tossini, professora de clarinete do Instituto Federal de Formosa (GO), Renata Menezes, primeira da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (Brasília); e Felipe Freitas, primeiro clarinete da Orquestra Sinfônica de Sergipe, entre outros.

 

CONTE UM POUCO SOBRE SUA EXPERIÊNCIA COM O GRUPO SUJEITO A GUINCHO.
O grupo começou quando eu, Edmilson Nery, Luca Raele e Luis Montanha passamos a nos reunir todos os sábados na Escola de Música Novo Tempo — que era do meu irmão Célio — para falarmos sobre clarinete e depois comer pastel na feira. Trazíamos sempre alguma coisa para tocarmos juntos.


Talvez por ter aprendido clarinete ainda criança, eu sempre brinquei muito com o instrumento, desmontando e emendando partes. O Sujeito a Guincho começou como uma brincadeira de todos nós, e transferimos ao repertório esse universo mais lúdico, um pouco inspirados pelo grupo argentino Les Luthiers. O Luca é quem faz a maior parte dos arranjos, o que resulta numa brincadeira mais “organizada”. Em 1995, graças ao prêmio Eldorado, o Sujeito a Guincho ficou conhecido em todo o Brasil; e estamos juntos até hoje.


Mais tarde, entrou o Nivaldo Orsi, e acabamos virando um quinteto. Entraram também o Diogo Maia Santos e, recentemente, o Alexandre Ribeiro, o que permite que a gente possa eventualmente se revezar em alguns concertos.

 

MAIS RECENTEMENTE VOCÊ SE ENVOLVEU COM A PRODUÇÃO DE CLARINETES, COM A DEVON & BURGANI. CONTE UM POUCO!
Eu sempre sonhei com isso, gostava de consertar instrumentos e cheguei a ter uma oficina de reparos de clarinetes com meu amigo Adalto, ex-trompista da Osesp e construtor de trompas. Sempre fui curioso por essa área e cheguei a fazer um curso de torneiro mecânico no Senac. Aprendi inglês graças à minha curiosidade de ler livros sobre clarinete e acústica.

 

Há nove anos, conheci um luthier baiano, Odivan de Santana, um cara supercriativo, e acabamos nos associando. Por meio de pesquisas, trabalhamos bastante no projeto de um clarinete profissional, feito de madeira reutilizada, a aroeira-do-sertão, instrumento que uso na Osesp há sete anos. Temos uma fábrica em Diadema, com uma produção artesanal de 8 a 10 instrumentos por mês.

 

E COMO VÊ A OSESP HOJE?
A Osesp foi o auge da minha carreira. Até então, as orquestras que eu havia tocado não tinham seu porte e nível artístico. Na época da reestruturação, eu não acreditava que tudo isso que aconteceu fosse possível. Desde 1978 vivia na insegurança das velhas orquestras brasileiras, sempre na corda bamba em tantas transições. Foi uma mudança muito repentina. Quando o maestro Eleazar faleceu, a Osesp estava atravessando um momento muito difícil, sem nenhum incentivo artístico, sem condições profissionais de trabalho – e no dia seguinte tivemos que nos comportar como se estivéssemos na Filarmônica de Berlim. No primeiro concerto no Memorial da América Latina, lugar em que eu já havia tocado tantas vezes, fiquei nervoso ao tocar o solo da abertura do Guarani, tamanha a pressão.


Alguns anos depois [em 2013], já acostumado com o padrão internacional da Osesp, toquei
de fato na sala da Filarmônica em Berlim, aliás, bem no dia do meu aniversário: o que foi um baita presente. Também tocamos no Festival BBC Proms, em Londres, com Nelson Freire, e
no Concertgebouw, em Amsterdã. Conseguir chegar a esse nível como clarinetista não era algo que eu poderia imaginar quando criança, ao “brincar” de tocar na banda.

 

Entrevista a RICARDO TEPERMAN.